Tragédia no Rinjani: brasileira é declarada morta após queda em vulcão na Indonésia

Após quatro dias de buscas intensas e condições climáticas adversas, a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (24.jun.2025) no vulcão Rinjani, na Indonésia. A jovem, natural de Niterói (RJ), caiu de um penhasco de difícil acesso durante uma trilha organizada por uma agência local na ilha de Lombok, região montanhosa frequentada por turistas e aventureiros de todo o mundo.

Juliana fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro e compartilhava a jornada em suas redes sociais. Formada em Comunicação pela UFRJ, trabalhava como professora de pole dance e havia visitado países como Vietnã, Tailândia e Filipinas antes de seguir para a Indonésia. A trilha até o topo do Monte Rinjani, de 3.726 metros, é conhecida pela beleza cênica, mas também pela exigência física e riscos naturais.

Segundo informações das autoridades locais, Juliana se distanciou do grupo na madrugada de sexta-feira (20) e caiu cerca de 300 metros abaixo da trilha principal, em uma área de vegetação densa e encosta acentuada. O corpo foi encontrado imóvel, em uma posição que indica que ela não conseguiu se mover após a queda. A operação de resgate envolveu mais de 40 agentes de diferentes instituições indonésias, que enfrentaram neblina, terreno instável e dificuldades logísticas.

A família da brasileira, que chegou a organizar uma campanha online por apoio ao resgate, confirmou a morte em comunicado emocionado. Eles também criticaram a demora na resposta emergencial e destacaram que o envio de um helicóptero só foi autorizado após pressão direta sobre autoridades locais.

O Itamaraty lamentou o ocorrido e informou que presta apoio consular para repatriação do corpo. Juliana é a primeira vítima fatal registrada no Monte Rinjani em 2025. O parque já contabilizou dezenas de acidentes nos últimos anos, o que reacende o debate sobre a segurança de turistas em áreas remotas e a responsabilidade de agências de turismo em oferecer suporte técnico adequado.

A morte de Juliana Marins comoveu não só seus familiares e amigos, mas também milhares de pessoas que acompanharam o caso pelas redes sociais. A jovem é lembrada por seu espírito livre, senso de aventura e carinho com aqueles ao seu redor — atributos que agora se transformam em memória e luto coletivo.

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