A biometria facial está cada vez mais presente em nosso dia a dia.
Seja para abrir uma conta em banco ou entrar em prédios comerciais, a tecnologia promete mais segurança e praticidade.
Mas será que é obrigatório ceder sua imagem?
E quais cuidados você deve tomar?
COMO FUNCIONA A BIOMETRIA FACIAL EM PRÉDIOS?
O principal argumento para o uso da biometria facial é a segurança.
Com ela, pessoas não cadastradas ficam impedidas de acessar o local.
Além disso, não é preciso carregar crachá ou tag.
Em condomínios, o sistema pode reduzir custos em até 40% na mão de obra, segundo Marcelo Borges, diretor da Abadi.
Porém, o uso indiscriminado dessa tecnologia levanta preocupações.
O rosto é um dado sensível, protegido pela LGPD.
Pequenas mudanças na aparência podem dificultar o reconhecimento.
E há falhas na identificação de pessoas de pele escura ou origem asiática.
DIREITOS, RISCOS E CUIDADOS AO CEDER SUA FACE
Você pode se recusar a ceder sua imagem, mas a decisão final é do dono do local.
Em prédios comerciais, vale o que foi definido em assembleia.
“As pessoas precisam obedecer às regras de governança”, explica Borges.
O uso excessivo da biometria pode facilitar a vigilância e até perseguições, alerta Pedro Saliba, do Data Privacy Brasil.
Vazamentos de dados podem permitir golpes, como abertura de contas falsas.
E erros de identificação já causaram prisões injustas, como ocorreu em Sergipe.
DICAS PRÁTICAS ANTES DE CEDER SUA IMAGEM
Antes de ceder sua face, pergunte se há alternativas.
Peça para ver a política de privacidade do local.
Questione sobre tempo de armazenamento e segurança dos dados.
Evite fornecer sua imagem sem saber exatamente como será usada.
Em caso de dúvidas, procure o encarregado de dados, como o síndico ou administrador.
Sua privacidade deve ser respeitada.