O anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu o governo brasileiro.
O país não era considerado um alvo prioritário nas negociações comerciais recentes.
SURPRESA E CONTEXTO
Integrantes da área econômica do governo afirmam que havia conversas em andamento com autoridades americanas.
No entanto, a expectativa era de que os Estados Unidos focariam em países com os quais têm déficits comerciais, o que não é o caso do Brasil.
A decisão foi comunicada por Trump em carta ao presidente Lula e publicada na rede Truth Social.
Além do Brasil, outros países também foram atingidos, mas a tarifa imposta ao Brasil é a mais alta, chegando a 50%.
Para outros países, como Argélia, Brunei e Filipinas, as taxas chegam a 30%.
MOTIVAÇÕES E IMPACTO
Fontes do governo brasileiro apontam que a justificativa dos Estados Unidos foge dos padrões tradicionais do comércio internacional.
A medida estaria ligada a questões políticas internas dos EUA, especialmente à insatisfação com decisões do STF e o tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A nova tarifa representa um impacto significativo para vários setores da economia brasileira e coloca em risco o equilíbrio das relações comerciais e políticas entre os dois países.
REAÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO
Apesar do impacto, o governo Lula defende cautela e racionalidade.
A orientação é evitar reações precipitadas e priorizar o diálogo diplomático.
O objetivo é buscar uma solução negociada que preserve os interesses nacionais.
O governo estuda uma resposta baseada na lei de reciprocidade, classificando a medida americana como uma “ação política”.